Durante muito tempo acreditei em amizades que duram para sempre, em fim de semanas perfeitos em que passávamos agarradas, perdidas de riso e cumplicidades.
Durante muito tempo achei que tinha encontrado alguém como eu, alguém de quem eu gostava como se fosse sangue do meu sangue, alguém por quem eu dava o corpo e a alma, alguém que até hoje, ainda sinto falta.
Duas pessoas que eram muito importantes para mim foram retiradas da minha vida como quem arranca um penso, ou como se arranca a cera quando vamos à depilação, doi muito, mas eventualmente acaba por passar.
O problema é que esta dor em concreto, é uma dor de quem se questiona todos os dias onde eu errei? Não fiz tudo o correcto? -não fiz por ela muito mais do que merecia?
E acabo sempre por achar que a culpa foi minha, que devia ter me afastado mais cedo, ou que devi ter sido com ela como ela foi para mim, devia ter acreditado mais nas atitudes que ela tinha e menos nas palavras... e mesmo assim, ainda hoje tenho saudades dela... minha M.
Por incrível que se pareça, acho que cada vez mais vivemos uma crise de valores em paralelo com a crise económica e cada vez mais assisto a uma desvalorização da honestidade, da amizade, da confiança e isso sim é preocupante.
2013 veio carregado de esperança e de boas energias, em parte porque me afastei das pessoas que me fazem mal, e juntei-me a pessoas que me querem bem, que me tratam com o mesmo respeito que lhes tenho e que todos os dias , de algua forma contribuem para a minha felicidade aumentar um bocadinho, no entanto, há dores que nunca passam e feridas que nunca saram... Infelizmente!
